terça-feira, 16 de junho de 2009

TEATRO E AS CAPACIDADES DE EXPRESSÕES

Boal (2008). O autor contextualiza que, o público pode manifestar-se sorrindo, gargalhando, chorando ou aplaudindo. O sucesso é o conjunto em que todos devem ser por meio de brincadeiras como estímulos, ajudam a criança a liberar e canalizar a energia na expressão da criatividade, encaminhando-a a independência e a convivência com os outros, aprendendo gradualmente a assumir os papéis sociais necessários à sua personalidade, além de usar o ser humano em toda a sua plenitude. Sabe-se que as capacidades de expressão são inatas no ser humano, mas necessita ser estimuladas e desenvolvidas pela escola.

Boal (2008, p. ix) ainda afirma que:

Teatro é algo que existe dentro de cada ser humano, e pode ser praticado na solidão de um elevador, em frente a um espelho, no Maracanã ou em praça pública para milhares de espectadores. Em qualquer lugar. Até mesmo dentro dos teatros. A linguagem teatral é a linguagem humana por excelência, e mais essencial. Sobre o palco, atores fazem exatamente aquilo que fazemos na vida cotidiana, toda hora e em todo lugar.


O autor propõe que, é preciso a escola transformar o espaço escolar em um ambiente agradável, prazeroso e favorável à aprendizagem, através do ludismo, facilitando o processo de alfabetização e o relacionamento dos alunos com bloqueios a construção de um clima de ampla liberdade e respeito.

Reverbel (1993) descreve que as capacidades de expressões são inatas no ser humano, mas necessitam ser estimuladas pela escola. Que devem serem desenvolvidas através de algumas atividades que compõem os cinco conjuntos.

1º Relacionamento:

Este deve ser incentivado e desenvolvido no início de qualquer trabalho em qualquer conteúdo. O educador irá conviver com um ser em constante e profunda transformação. Ele deve proporcionar aos alunos a redescoberta do mundo, num trabalho de sala de aula.

Exemplos de atividades em que esses elementos sejam trabalhados:

● Através de gestos fortes e violentos, ou fracos e suaves, as crianças podem perceber a expressão e o domínio da agressividade.

● Utilizar conteúdos que integram várias disciplinas: contatos com os companheiros, que trabalha com figuras geométricas, elementos de artes plásticas, desenho, recorte, a colagem.

● Aquecimento: sugerimos que os próprios alunos construam os instrumentos que vão marcar o ritmo dos exercícios. Sugira utilizarem materiais simples e barato.

● Desenvolva a expressão gestual e verbal, cujo tema já trabalhado em sala de aula. Exemplo: alimento...


2º Espontaneidade:

Esta explora as diferentes formas da fala, do som, do ritmo, da locomoção, do gesto, do traço, do colorido, todos esses meios de expressão unidos à linguagem verbal e à linguagem gestual.

O educador deve se colocar numa posição de descoberta no contato com seus alunos e sempre adaptar as atividades a cada criança, a cada grupo, às peculiaridades culturais do meio e às condições materiais com as quais trabalha.

Exemplos de atividades em que esses elementos sejam trabalhados:

● Se autoconhecer, classificando e distinguindo para si próprio suas emoções. Para isso é importante que os sentimentos sejam verbalizados e trabalhados em atividades globais de expressão de forma a se tornarem conscientes: alegria, bem-estar, incômodo, descontração, perturbação, embriaguez, mal-estar, paz, ansiedade, satisfação, contrariedade, euforia, abatimento, inquietação, serenidade, angústia, melancolia, felicidade, sofrimento, exaltação, desolação, cuidado, divertimento, embaraço, confusão, otimismo, temor, raiva, indignação, êxtase, emoção, espanto, vitalidade, etc.

● Desenvolva atividades que enfoca festas populares, comidas típicas, tipos humanos característicos, jornais, brinquedos.

● Desenvolva atividades em que seus alunos, impossibilitados de usar as mãos são obrigados a resolver, utilizando partes do corpo: cotovelos, joelhos, quadris etc.


3º Imaginação:

Desenvolve-se a partir do conhecimento da criança. Quanto mais elementos concretos o professor, a escola e o meio oferecerem, mais rica se tornarão sua imaginação.

O professor deve dar condições para que a imaginação da criança se desenvolva, não a inibindo em suas descobertas, mas levando-a a questioná-las, de forma que ela possa por si mesma, verificar suas contradições e refazer seus conceitos.

Imaginar uma situação e conseguir concretizá-la tem um significado muito profundo para a criança, influindo de maneira positiva na sua postura diante de novas propostas e apelos do cotidiano.

● Proponha atividades com músicas para desenvolver a imaginação das crianças.

● Ler uma determinada passagem da História do Brasil ou de um outro conteúdo. A seguir, peça-lhes que criem um mini-espetáculo, desenvolvendo o final do episódio, de acordo com a imaginação de cada um.

● A partir de manchetes de jornal, desenvolva uma atividade em que a imaginação seja a característica mais solicitada.

● Peça que dramatizem uma situação de um dia passado na neve; uma lenda folclórica; fazer de conta que as montanhas têm portas, o que encontraríamos?


4º Observação:

É preciso propor atividades de forma que a criança sinta prazer e interesse em executá-las.

O que observar? A si própria, ao outro e ao mundo que a rodeia.

_ A si própria evocando e representando situações do cotidiano.

_ O outro, ou seja, pessoas do meio familiar, escola e comunitário, vivendo situações em que se destacam aspectos físicos e emocionais.

_ O mundo que a rodeia: sua casa, sua classe, a escola, a casa dos amigos, parques, jardins, árvores, flores, animais, feiras, exposições de arte, televisão, trânsito etc., verificando as características físicas desses elementos: espaço. Forma; som; movimento, cor e seus diversos contrastes.

A observação possibilita à criança estabelecer comparações. Essas atividades devem ser incentivadas, dando condições para que a criança observe as descobertas dos colegas. Isso a estimulará e lhe dará autoconfiança para conduzir suas próprias descobertas. Proponha atividades cujo objetivo seria representar: as vozes de animais; animais caçando, comendo, lutando, feridos, enjaulado

_ O mundo que a rodeia: sua casa, sua classe, a escola, a casa dos amigos, parques, jardins, árvores, flores, animais, feiras, exposições de arte, televisão, trânsito etc., verificando as características físicas desses elementos: espaço. Forma; som; movimento, cor e seus diversos contrastes.

A observação possibilita à criança estabelecer comparações. Essas atividades devem ser incentivadas, dando condições para que a criança observe as descobertas dos colegas. Isso a estimulará e lhe dará autoconfiança para conduzir suas próprias descobertas.


5º Percepção:

A percepção espacial nos transmite a consciência de nossa própria existência. O tato desempenha um papel primordial, enquanto a visão contribui para sua elaboração. A percepção dos sons orienta nosso olhar e os movimentos da cabeça e do corpo. O mesmo ocorre com a percepção olfativa.

Simultaneamente cada sentido estimula a sensibilidade do outro. São inesgotáveis as atividades que podem ser exploradas pelo educador e pelos próprios alunos, com o objetivo de desenvolver a percepção.

● Leve as crianças a observar e reproduzir os movimentos de: uma árvore sob o vento; uma máquina de costura; um gato saltando; uma pessoa correndo; uma pedra rolando; entre outras. (Que tipo de percepção as crianças utilizaram nestas atividades?).

● Faça o mesmo quanto à percepção olfativa e gustativa.

● Com os olhos fechados e comece a manipular os objetos a sua frente. Observe-os quanto à textura, consistência, temperatura, tamanho,...

Nas atividades cênicas, o senso crítico dos alunos estará aprimorado, como também, a sensibilidade para a interpretação de textos e a atuação em grupos além de: auxiliar no processo de socialização; favorecer a aprendizagem em todas as áreas; satisfazer o senso do maravilhoso e do fantástico da criança; cultivar a sensibilidade, através da poesia, dos gestos, da voz, da música e dos textos; ampliar o vocabulário; despertar e educar a atenção e a observação; exercitar a memória e a inteligência; proporcionar recreação educativa; desenvolver a linguagem oral, as habilidade motora, a imaginação e o espírito criador; enriquecer experiências e proporcionar liberdade de expressão.

AVALIAÇÃO DO TEATRO

Seguimos o que caracteriza os PCNs (1997) quanto à avaliação.

Avaliando o Aluno

Pretende-se avaliar se o aluno sabe organizar-se em grupo, ampliando as capacidades de ver e ouvir na interação com seus colegas, colaborando com respeito e solidariedade, permitindo a execução de uma obra conjunta. Se, tem empenho na construção grupal do espaço cênico em todos os seus aspectos: cenário, figurino, maquiagem, assim como na ação dramática. Se, sabe expressar-se com adequação, tendo o teatro como um processo de comunicação entre os participantes e na relação com os observadores. Se, apresenta um processo de evolução da aquisição e do domínio dramático. Se, é capaz de compreender e estar habilitado para se expressar na linguagem dramática. Se, o aluno desenvolve capacidade de: atenção; concentração e observação. Se, enfrenta as situações que emergem nos jogos dramáticos. Se, articula devidamente o discurso falado e escrito na elaboração da obra teatral: expressão plástica, visual e sonora. Se, Compreende e sabe obedecer às regras de jogo. Se, tem empenho para expressar-se com adequação e de forma pessoal ao contexto dramático estabelecido.

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